Carretas da Mamografia chegam a Mongaguá e Piracicaba

As Carretas da Mamografia, do Programa Mulheres de Peito da Coordenadoria de Gestão de Contratos de Serviços de Saúde (CGCSS), órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), começam a atender a população dos municípios de Mongaguá e Piracicaba nesta terça-feira (26). De janeiro ao dia 23 de setembro deste ano, foram atendidas 18,8 mil pacientes pelas carretas para a realização de exames.

“A mamografia é um exame importante, sobretudo para mulheres com mais de 40 anos, de acordo com as novas diretrizes das nossas sociedades médicas para a detecção precoce do câncer de mama. As carretas têm o objetivo de oferecer essa oportunidade para a população,” afirma o Dr. Edmund Baracat, coordenador da área de Saúde da Mulher da SES. O médico também incentiva as mulheres interessadas a buscar as carretas e aproveitar a oportunidade para fazer o exame.

As Carretas de Mamografia oferecem exames gratuitamente por meio do SUS para mulheres de 50 a 69 anos sem necessidade de pedido médico ou agendamento. Já mulheres com idade entre 35 e 49 anos e acima de 70 anos também podem realizar o exame, desde que apresentem solicitação médica, RG e Cartão Nacional de Saúde, popularmente conhecido como cartão do SUS.

O Programa Mulheres de Peito tem por objetivo incentivar mulheres a realizar o exame de mamografia para diagnóstico e tratamento precoce do câncer de mama. Os exames são realizados de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e, aos sábados, das 8h às 12h, exceto feriados. As unidades móveis podem atender até 50 pacientes por dia nos dias de semana e, aos sábados, realizar 25 atendimentos.

As duas carretas do Programa ficam nos municípios de Mongaguá e Piracicaba até o dia 07 de outubro. Para ter acesso ao serviço, basta comparecer à carreta com documento de identificação e cartão do SUS. O atendimento é por ordem de chegada. As carretas recebem repasses mensais da SES e, até o mês de agosto, já receberam R$5,7 milhões em 2023.

Serviço

Carreta da Mamografia em Mongaguá
Data: De 26 de setembro a 07 de outubro de 2023
Horário: De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e, aos sábados, das 8h às 12h, exceto feriados
Endereço: Av. Dudu Samba, Centro – Mongaguá-SP

Carreta da Mamografia em Piracicaba
Data: De 26 de setembro a 07 de outubro de 2023
Horário: De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e, aos sábados, das 8h às 12h, exceto feriados
Endereço: Av. Dr. Paulo de Moraes, 1580 – Paulista, Piracicaba, São Paulo, 13400-853 – Estação da Paulista

Governador sanciona lei que cria programa Saúde da Mulher Paulista

O governador Tarcísio de Freitas sancionou uma nova lei que cria o programa Saúde da Mulher Paulista, focado no desenvolvimento de ações e serviços preventivos e assistenciais para a população feminina nos 645 municípios do estado. A iniciativa da gestão estadual prioriza medidas de prevenção, tratamento e controle de câncer de mama e de colo de útero.

“Assumimos o Governo do Estado em janeiro com o compromisso de ampliar e melhorar as políticas públicas de proteção e cuidados para todas as mulheres de São Paulo. São medidas que integram toda a nossa equipe de governo desde o primeiro dia, começando pela criação da Secretaria de Políticas para a Mulher, as ações diretas feitas até aqui pela segurança das mulheres e o trabalho conjunto das demais pastas. Agora, o programa Saúde da Mulher Paulista é uma realidade e vai fazer a diferença na qualidade de vida de nossa população feminina”, afirmou Tarcísio.

A norma entrou em vigor com a publicação no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (21), após aprovação na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e ainda poderá passar por regulamentação. A iniciativa será executada pela Secretaria da Saúde, em parceria com a Secretaria de Políticas para a Mulher.

“A saúde do estado, que já oferecia os serviços e amparo às mulheres que a nova lei propõe, vai ampliar ainda mais a oferta de exames e atendimentos à população e garantir que as necessidades sejam atendidas,” disse o secretário da Saúde Eleuses Paiva.

A iniciativa vai agregar metas e objetivos como a redução da taxa de mortalidade, o aprimoramento de políticas públicas, a qualificação de profissionais para atendimento especializado e a efetivação e o aperfeiçoamento dos serviços de saúde oferecidos às mulheres.

“Estamos diante de um marco gigantesco para melhorar o acolhimento e ofertar atendimento integral às mulheres, com humanização, segurança e qualidade, como todas merecem e precisam”, afirmou a Secretária de Políticas para a Mulher Sonaira Fernandes.

Frentes de atuação

Um dos destaques do Saúde da Mulher Paulista é a prioridade para o desenvolvimento de estratégias intersecretariais de prevenção, detecção, tratamento e controle do câncer de mama e de colo de útero. As ações incluem busca ativa pelas redes de proteção social, atenção primária, portadoras de deficiência e/ou com dificuldade de acesso a estes serviços.

No eixo preventivo, está prevista a evolução de ações relacionadas aos exames ginecológicos de rotina, como papanicolau e mamografia. Especificamente no caso do exame de mama, a nova lei também prevê prioridade para mulheres na faixa de 40 a 70 anos com histórico familiar de câncer mamário e/ou nódulos, ou que estejam em tratamento para a doença, além daquelas que precisem de avaliações periódicas ou diagnóstico de urgência mediante prescrição médica.

“As estimativas do Instituto Nacional de Câncer deste ano até 2025 indicam que, a cada 100 mil mulheres do estado de São Paulo, mais de 84 deverão ter câncer de mama, que é o segundo tipo mais comum no Brasil. Três a cada dez casos oncológicos entre mulheres são mamários, o que reforça a importância dessa atenção especial para prevenir e tratar adequadamente nossas pacientes”, acrescentou Sonaira.

O programa também engloba a assistência obstétrica e neonatal de forma integral, desde o pré-natal até o pós-parto. Além disso, também vai ampliar a prevenção e o tratamento de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares.

As medidas vão mobilizar equipamentos públicos como Unidades Básicas de Saúde, Centros Médicos de Especialidades e Hospitais da Mulher, além das equipes clínicas – especialmente médicos das áreas essenciais para o público feminino como ginecologistas, mastologistas, oncologistas, cardiologistas, endocrinologistas e clínicos gerais.

Para efetivação do Saúde da Mulher Paulista, o Governo do Estado poderá firmar convênios, parcerias e congregar iniciativas complementares futuras ou previamente existentes, como os programas de Cirurgia Plástica Reconstrutiva da Mama; de Orientação em Saúde e Atendimento Social; de Saúde da Mulher Detenta; e Rede de Proteção à Mãe Paulista, respeitando as definições da Lei nº 17.431, de 2021, que consolida as ações de proteção e defesa da mulher em São Paulo.

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Instituto de Infectologia Emílio Ribas II recebe certificação de qualidade ‘ONA’

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas II (IIER2), no Guarujá, acaba de receber da Organização Nacional de Acreditação (ONA) a certificação ONA – Nível 1, que avalia a segurança do paciente e a qualidade da assistência prestada, considerando os recursos disponíveis e sua complexidade. Gerenciada pelo Governo do Estado de São Paulo em parceria com a Fundação do ABC, a unidade é a primeira 100% SUS (Sistema Único de Saúde) acreditada na Baixada Santista e a única do Guarujá, inclusive entre unidades privadas.

Com foco na segurança do paciente, o IIER2 passou por avaliação minuciosa de uma IAC – Instituição Acreditadora Credenciada e por equipe de avaliadores habilitada pela ONA, que buscou evidências de conformidade com os padrões do Manual Brasileiro de Acreditação em diversas áreas, entre as quais gestão organizacional, segurança na assistência e áreas de apoio.

De acordo com o superintendente técnico da ONA, Dr. Péricles Cruz, a certificação de uma organização de saúde através da acreditação é o reconhecimento de que a instituição atende aos rigorosos padrões que a metodologia exige. No caso da ONA, são mais de 20 anos de atuação. “A acreditação do Instituto Emílio Ribas II é válida por dois anos e será acompanhada por nossos avaliadores por meio de visitas periódicas de manutenção. O processo de acreditação é de caráter voluntário e educativo, não configurando uma fiscalização. No decorrer da avaliação, todas as áreas da instituição são visitadas e mais de 1,7 mil requisitos são verificados antes da homologação da acreditação”, explica.

RECONHECIMENTO

De acordo com o diretor-geral da unidade, Reginaldo Reple Sobrinho, o processo de acreditação teve início há cerca de dois anos, quando foi solicitada a primeira auditoria na unidade. “Com base nesse relatório inicial de avaliação, promovemos uma profunda mudança estrutural em todos os setores da instituição, como as áreas assistencial, clínica, administrativa e financeira. Criamos novos protocolos, rotinas de trabalho, realizamos reforma predial e adequação de equipamentos, entre outras melhorias”, enumera.

Segundo o dirigente, o objetivo era receber a auditoria final em dois anos, o que ocorreu nos dias 17 e 18 de agosto. “Estamos muito satisfeitos com a homologação do resultado e a acreditação recebida. Isso nos motiva ainda mais para alcançar a acreditação em excelência Nível 2 ou até mesmo o Nível 3. Nossos funcionários continuam trabalhando para desenvolver e implementar ações de melhoria contínua em toda a instituição,

visando primordialmente a segurança do paciente”, informa Reginaldo Reple, que completa: “Graças ao aprimoramento operacional e funcional do Hospital, propiciado pela acreditação, quem ganha são os usuários do SUS, que são assistidos com mais segurança e excelência, solidificando ainda mais o nome da FUABC na Baixada Santista”.

REFERÊNCIA

A Fundação do ABC deu início à gestão plena do IIER2 em 2014. Hospital estadual especializado no atendimento de doenças infecciosas e parasitárias, o equipamento funciona 24 horas por dia e conta com 46 leitos – 33 de enfermaria e 13 de Terapia Intensiva (UTI).

A unidade atende exclusivamente o Sistema Único de Saúde e recebe pacientes encaminhados dos nove municípios que integram a Baixada Santista para o cuidado de diferentes doenças infectocontagiosas, entre as principais HIV/Aids, tuberculose, leptospirose, meningites meningocócicas, complicações por gripe e hepatites.

Além do atendimento médico e de enfermagem, também estão disponíveis exames laboratoriais e de imagem, como raio X, ultrassonografia e endoscopia. Os pacientes são atendidos mediante encaminhamento do Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo (SIRESP).

Com foco em capacitação e treinamento constante das equipes técnicas, periodicamente a unidade organiza as tradicionais edições do “Ciclo de Palestras”, que reúnem centenas de participantes e renomados especialistas da área de Infectologia para orientação e conscientização de funcionários e profissionais da Saúde da Baixada Santista.

Lançamento do Movimento 35 anos do SUS – São Paulo

O projeto terá várias ações coordenadas, como o encontro WEB-35 anos SUS, a segunda edição da Medalha Honra e Mérito da Gestão Pública em saúde “Walter Leser”, o lançamento da edição especial BIS 35 anos SUS, a realização de um Seminário Internacional e um programa inicial de apoio à qualificação da gestão estadual do SUS, no contexto da Regionalização, com parceria internacional.

O objetivo dos eventos é reconhecer o sistema e suas instituições parceiras, debater conquistas e desafios do SUS, além de homenagear os profissionais da saúde e entidades que tenham contribuído para o desenvolvimento da saúde pública no estado.

O evento destacará os esforços do governo estadual para fortalecer o sistema, produzir e distribuir vacinas e divulgar o maior programa de imunização do país.

Você pode participar da Apresentação do Lançamento do “Movimento 35 anos do SUS – São Paulo”, que acontecerá em formato virtual no dia 06 de outubro de 2023, das 10h ao 12h. Para acompanhar, basta acessar o link: https://www.youtube.com/@ccd_ses_sp

Ação de saúde mental gratuita no Instituto de Psiquiatria (IPq) do HC

No dia 22 de setembro, das 8h às 17h, o Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas de São Paulo realiza a ação de saúde mental gratuita IPq Portas Abertas 2023, colocando seus renomados profissionais e especialistas em contato direto com a população, para conversar, esclarecer dúvidas e prestar informação correta, em linguagem simples e com base científica, sobre os transtornos psiquiátricos, tendo como objetivo principal combater o estigma e preconceito associados às doenças mentais, estimulando as pessoas a procurar ajuda e tratamento.  

A pandemia Covid-19 impactou de diversas maneiras a saúde mental dos brasileiros, mas também deu espaço para as pessoas expressarem de forma mais aberta questões de saúde mental; transtornos como depressão e ansiedade, entre outros, passaram a ser pautas regulares e debatidas. Falar sobre saúde mental nunca foi tão importante e atual. 

E o IPq Portas Abertas, realizado há quase uma década, tem justamente o propósito de conversar com a população, por meio de palestras, bate-papos, rodas de conversa ou encontros, para que as pessoas se sintam acolhidas e bem orientadas, e possam repassar essa experiência a outros indivíduos. Serão abordadas mais de 160 transtornos diferentes, entre os quais depressão, ansiedade, síndrome do pânico, transtorno bipolar, suicídio (setembro amarelo), dependência química, psicoses, fobias, esquizofrenia, Alzheimer, TOC, transtorno de personalidade, anorexia, bulimia, emergências em psiquiatria e muitos outros.

Além disso, as pessoas também poderão participar das práticas integrativas e complementares em saúde (PICS), tais como shiatsu, reiki, auriculoterapia, aromaterapia, etc.; conversar com representantes das entidades de apoio CVV – Centro de Valorização da Vida; ABRE – Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Pessoas com Esquizofrenia, e ABRATA – Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos. Haverá ainda exposições de arte de pacientes, lançamentos de livros para o público leigo, oficinas de atividades manuais, bijuterias e artesanato com pacientes e muito mais, tudo gratuitamente.

Para participar, acessar a plataforma de inscrições e escolher até 5 temas: https://ipqportasabertas.hc.fm.usp.br . Para as PICS, não é necessária inscrição prévia, basta comparecer diretamente ao local: IPq – Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 785 – Cerqueira César – São Paulo – SP (próximo ao Metrô Clínicas).

Secretaria de Estado da Saúde de SP, OPAS e Ministério realizam 1º Simpósio Internacional de Transformação Digital no SUS

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) em colaboração com a Secretaria de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde (SEIDIGI/MS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), realizará nos dias 2 e 3 de outubro, o 1º Simpósio Internacional de Transformação Digital no SUS. O objetivo do evento é promover o conhecimento e a troca de experiências sobre saúde digital entre profissionais de saúde e gestores públicos, bem como constituir uma plataforma para apresentação e compartilhamento de iniciavas exitosas.

“A tecnologia à disposição de administradores e profissionais da Saúde é mais um recurso à nossa disposição para ampliar o acesso da população aos serviços do SUS. Será uma oportunidade para trocar experiências bem-sucedidas, apresentando o que está dando certo e os avanços que ainda podem ser feitos e adaptados a toda a rede pública”, afirma o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, sobre a importância do evento.

O evento conta com o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS/SP), da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), da Associação Brasileira de Telemedicina e Telessaúde (ABTms) e do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Alguns dos temas abordados no evento serão a transformação digital nos sistemas de saúde, a telessaude, ciência de dados, uso de inteligência artificial e LGPD aplicados à saúde. O evento ocorre de forma híbrida, com participação presencial e remota.

As inscrições estão abertas e os interessados em acompanhar o evento online podem se inscrever na página do Simpósio (https://i-simposio-transformacao-digital-no-sus.vercel.app/). As vagas presenciais são limitadas.

Serviço
1º Simpósio Internacional de Transformação Digital no SUS
Data: 02 e 03 de Outubro de 2023
Horário: Confirmado no link – https://i-simposio-transformacao-digital-no-sus.vercel.app/
Endereço: Centro de Convenções Rebouças – Av. Rebouças, 600 – Pinheiros, São Paulo – SP

Secretaria da Saúde lança pesquisa de satisfação dos usuários do SUS/SP

O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, anunciou nesta terça-feira (12), durante o Gabinete 3D em Piracicaba, o início da pesquisa sobre a satisfação dos usuários de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado. Os questionamentos, feitos pela primeira vez por meio do WhatsApp da Ouvidoria da SES, vão analisar a percepção dos pacientes do SUS residentes no estado que foram submetidos a internações hospitalares no período entre novembro de 2022 e abril de 2023 e, assim, avaliar a regionalização dos serviços de saúde na rede.

Neste primeiro dia de disparo, as mensagens serão enviadas para pacientes da cidade de São Paulo e da região de Piracicaba, no interior paulista. As demais regiões do estado serão incluídas gradativamente até o dia 27 de setembro.

“A pesquisa é para saber se os pacientes foram atendidos perto das suas residências e saber sobre a qualidade do atendimento. Nós precisamos identificar se no SUS as pessoas estão sendo bem atendidas, se a qualidade da instalação onde houve atendimento era adequada. Se a pessoa foi atendida neste período de seis meses, ela vai receber a pesquisa,” informou Paiva.

Uma análise preliminar identificou três grupos dentro do conjunto de mais de um milhão de pessoas que fizeram uso dos serviços do SUS durante o período observado: aqueles que receberam atendimento em sua área de residência, os que foram assistidos em regiões vizinhas e os que foram atendidos em unidades de saúde fora da sua região de saúde. Essas categorias representam aproximadamente 70%, 20% e 7% da população total atendida, respectivamente. Cerca de 25 mil usuários, que se encaixam nesses perfis, foram selecionados com auxílio de Inteligência Artificial (IA), garantindo uma amostra representativa do total.

A pesquisa tem um grau de confiabilidade de 95% e margem de erro de 2% e atende a todos os requisitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), protegendo o cidadão do uso indevido dos seus dados pessoais. As quatro perguntas, enviadas de forma automatizada, também com uso de IA, focam na avaliação dos hospitais específicos onde o paciente foi atendido, dos serviços estaduais disponíveis no município de residência do pesquisado, do tempo de espera e da distância percorrida para receber atendimento. A expectativa é de que 25 mil pacientes sejam ouvidos na primeira etapa da pesquisa. Um relatório com a análise das respostas será elaborado por equipes técnicas da Secretaria de Estado da Saúde.

A validação da conta oficial de WhatsApp da Ouvidoria foi conduzida pela própria plataforma, garantindo aos usuários a confirmação da origem das mensagens recebidas, por meio do número (11) 3066-8800. Somente indivíduos registrados nas bases de dados do SUS/SP terão acesso ao questionário, proporcionando a garantia da participação e a qualidade dos dados obtidos. Também é possível verificar a autenticidade da pesquisa em um informativo no site da Secretaria da Saúde (http://www.saude.sp.gov.br/)

Regionalização aproxima a Saúde da população e melhora o atendimento nos municípios

Uma reorganização das unidades de saúde e dos investimentos na área de acordo com as necessidades e demandas de cada região. É esse o principal objetivo do programa de Regionalização da Saúde, em curso pela Secretaria de Estado da Saúde desde o início do ano.

Essa nova dinâmica vai buscar a diminuição das desigualdades entre as regiões para aumentar a eficiência do gasto público, ampliando a oferta de serviços, diminuindo as filas e reduzindo a distância que as pessoas precisam percorrer para conseguir atendimento.

“Quando se fala em Regionalização, estamos falando em construir redes regionais. Com o processo de municipalização, houve uma fragmentação. Isso não é viável. Não tem como cada município resolver sozinho os seus problemas”, afirma o consultor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e coordenador do Programa de Regionalização, Renilson Rehem.

Além da OPAS, a Secretaria da Saúde conta com a parceria do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de São Paulo no projeto. A primeira etapa, já em andamento, é a realização de oficinas macrorregionais para coletar e ouvir os principais gargalos e demandas dos gestores da saúde nos municípios.

A ação também integra o projeto do Gabinete 3D, que busca aproximar o governo paulista dos gestores e populações dos municípios.

“O que estamos tentando fazer é, primeiro, abrir esse diálogo regionalmente, tanto do Estado com os municípios como entre os próprios municípios, para que se possa construir essa rede na região. A população vai automaticamente ser beneficiada, porque vai ter mais acesso aos serviços, com mais qualidade e mais perto de casa”, afirma Rehem.

O médico detalha ponto a ponto como funciona o programa de Regionalização da Saúde. Confira a seguir:

De que forma a Regionalização da Saúde vai impactar na vida da população?

A regionalização é uma solução porque vai conceder mais racionalidade ao sistema: se cada município tenta resolver o seu problema, gasta muito mais e não resolve. Fazendo a regionalização, a população vai automaticamente ser beneficiada, porque vai ter mais acesso aos serviços, com mais qualidade e mais perto de casa. Essa racionalidade vai melhorar a eficiência do gasto público, adequar a capacidade instalada e o que cada hospital oferece.

Vamos supor que há três hospitais em três municípios vizinhos, distantes 20 km entre si. E todos tentam fazer a mesma coisa. Mas a demanda não sustenta que os três façam. E nenhum faz ortopedia, por exemplo. Não é melhor um se concentrar na ortopedia e o resto, em outros procedimentos? A ideia é criar essas redes regionais.

O que a Regionalização pode mudar na prática?

Há grandes hospitais que estão sobrecarregados e pequenos hospitais que estão subutilizados. O Estado de São Paulo tem em torno de 170 pequenos hospitais, que não têm demanda. Vamos supor que a prefeitura de uma cidade pequena gasta R$ 1 milhão por mês para tentar manter um hospital. Mas esse hospital tem um terço de ocupação, dois terços ficam vazios. Por falta de recurso, de demanda, de paciente, de funcionário, de tudo. É uma unidade que custa dinheiro e não tem um papel.

E aí vem a ideia da regionalização: discutir qual é o papel para essa unidade naquela região. Nossa ideia não é levar uma proposta para dizer “todo hospital pequeno terá de ser isso”. É regionalmente que vai se discutir qual é o melhor papel de cada unidade.

Como isso será feito?

O objetivo é que no momento adequado o Governo de SP, os prefeitos e os secretários municipais de saúde assinem um grande contrato regional, um documento. É um processo de construção, não pode ser atropelado. É preciso conquistar a confiança, abrir o espaço para as pessoas se queixarem, para que se construa progressivamente essa rede.

Até agora, já fizemos oito oficinas regionais, temos cerca de 500 pessoas participando, todos os municípios discutindo. Algumas das soluções já surgem nos próprios trabalhos de grupo, já que os prestadores de serviço, diretores de hospitais, também estão participando.

Como a regionalização deve impactar os atendimentos de baixa, média e alta complexidade?

A atenção primária é de responsabilidade do município, mas deve contar com apoio financeiro e técnico tanto da União como do Estado. Se bem feita, é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde. A atenção primária deve ser capaz de identificar que o paciente é, por exemplo, hipertenso. Identificando isso, tem os medicamentos, ele pode precisar mudar algum hábito, mas não vai ter um AVC ou derrame para ir para a emergência do hospital. Isso todos os municípios têm que fazer.

Já na média complexidade se reduz o número de municípios. Em São Paulo, 60% das cidades têm menos de 20 mil habitantes. Elas não têm demanda para fazer outra coisa além da atenção primária. Então, essa média complexidade já requer uma rede. E, depois vem a alta complexidade, que é cirurgia cardíaca, transplante, neurocirurgias, UTI, entre outros. Para os municípios entre 20 e 100 mil habitantes, caberia ter alguma unidade hospitalar para fazer a média complexidade: uma cirurgia de hérnia, de vesícula ou internar uma criança que está em infecção respiratória ou até com pneumonia.

Os grandes hospitais deveriam cuidar das situações mais complexas, neurocirurgia, transplantes, cirurgia cardíaca, ou até de procedimentos que não são tão complexos mas que o paciente é complexo, que tem um agravante. Hoje, a falta de organização da rede leva, no meu entendimento, a uma falta de financiamento. Se você organiza, esse hospital ganha um papel mais claro, recebe os pacientes e, com isso, será financiado.

Há outros exemplos de programas assim?

Existem exemplos Brasil afora de regionalização, mas em uma dinâmica diferente da que estamos fazendo, uma coisa mais tecnocrática. Eu tenho dito que o processo que a gente está conduzindo em São Paulo é eminentemente um processo político, não no sentido partidário ou eleitoral, mas de ser um processo de negociação e construção. Não há receita pronta. Queremos discutir e entender que cada região terá uma dinâmica diferente. Se eu uniformizar, eu engesso e mato o processo. O programa é inovador nessa dinâmica.

Qual é o papel da OPAS nesse processo?

É uma negociação entre os municípios. E entre os municípios e o Estado. A OPAS é um organismo internacional, o que traz uma certa neutralidade. O principal papel é de intermediação, além de trazer referências de fora. Estou aqui para facilitar a promover esse entendimento.