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Mulheres comparecem a 70% das consultas médicas dos homens

Maioria dos pacientes já chega com doenças em estágio avançado, constata especialista de centro referência estadual

Levantamento do Centro de Referência em Saúde do Homem, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo gerenciada pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina),  na capital paulista, revelou que 70% dos homens vão ao médico acompanhado de suas mulheres ou dos filhos.

A constatação também evidenciou que um pouco mais da metade dos pacientes já chega com doenças em estágio avançado, muitas vezes com necessidade de intervenção cirúrgica. O dado preocupa os especialistas e chama a atenção dos homens para que priorizem periodicamente os exames e as consultas médicas, especialmente a partir dos 40 anos de idade.

Falta de tempo, preconceito e a falsa sensação de invulnerabilidade às doenças estão entre os principais motivos relatados pelos pacientes. As justificativas só param quando a dor ou algum incômodo atrapalha muito a rotina. “Infelizmente verificamos que, no momento em que os sintomas ficam mais evidentes é que o homem reclama e a mulher, ou os familiares o convencem de procurar tratamento”, explica o médico urologista e coordenador do centro, Joaquim Claro.

Para o especialista, a independência para os cuidados básicos com a saúde deve ser promovida desde cedo com os homens. “O homem precisa manter cuidados mínimos realizando check-ups de forma periódica, pelo menos uma vez ao ano. Isso porque com o envelhecimento, os problemas começam a ser, se não mais frequentes, pelo menos mais preocupantes.”, afirma o urologista.

Após os 40 anos, as doenças mais prevalentes nos homens são o câncer de próstata, problemas nos rins, bexiga que também podem levar ao câncer. As alterações hormonais, cálculos renais, além do crescimento benigno da próstata, que atinge 100% dos homens, também devem ser motivo de alerta.