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Secretaria da Saúde registra mais de 230 mil atendimentos a pessoas com transtorno bipolar pela rede SUS paulista em 2022

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) registrou 234 mil atendimentos ambulatoriais e hospitalares a pacientes com transtorno bipolar pela rede SUS estadual em 2022. Nesta quinta-feira (30) é celebrado o Dia Mundial do Transtorno Bipolar, que tem o objetivo de informar e sensibilizar a população sobre a importância da saúde mental e do acompanhamento profissional adequado para uma boa evolução do paciente.  

“O Transtorno Afetivo Bipolar é um quadro mental caracterizado por períodos de mais de duas semanas em que o paciente apresenta episódios depressivos alternando com episódios de euforia, ou uma mescla dos dois episódios”, explica Khrysantho Muniz, psiquiatra que atua na Assessoria Técnica de Saúde Mental da SES.  

Sobre o diagnóstico, Muniz ressalta que ele deve ser realizado por um médico, de preferência psiquiatra, com ajuda de uma equipe interdisciplinar de saúde mental. “É preciso ser criterioso e, às vezes, há a necessidade de acompanhamento do paciente por um período mais longo. A avaliação da história pregressa e atual do paciente deve ser cuidadosa, pois é essencial para o diagnóstico correto, assim como a história familiar.” 

Causas 

A causa é multifatorial, contemplando desde predisposição genética a alterações de neurotransmissores bioquímicos e fatores socioculturais. A prevalência mundial está entre 2% e 5% da população acometida pelo transtorno, com pico da doença por volta dos 40 anos de idade.  

Sintomas 

Caracterizado por fases de euforia e depressão, o Transtorno Afetivo Bipolar tem como sintomas da fase eufórica: sensação de extremo bem-estar; aceleração da fala e do pensamento; sensação de aumento da energia; hiperatividade; necessidade reduzida de sono; dificuldade para concentrar, euforia ou irritabilidade, desinibição, impulsividade, ideias de grandiosidade, místicas e “poder”.  

Os sintomas característicos da fase depressiva são: perda ou ganho de peso; humor deprimido na maior parte dos dias; perda de energia; fadiga; perda de interesse ou prazer, pensamentos recorrentes de morte ou ruína; retardo psicomotor, cansaço mental, isolamento social, ansiedade e irritabilidade.  

Tratamento 

O uso adequado de medicamentos associado a psicoterapia individual/grupal e orientação familiar mostram-se eficazes no controle da doença, na prevenção de recaídas de novas crises, na conscientização do paciente e da família, na diminuição da estigmatização levando a prevenção de suicídios e melhorando e promovendo a qualidade de vida do paciente portador desse transtorno. O avanço das medicações e do tratamento interdisciplinar tem reduzido significativamente a necessidade de hospitalizações, principalmente de longo prazo.