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Crianças são mais propensas a desenvolver alergias alimentares, alerta especialista do HC

 O Dia Mundial da Alergia é lembrado nesta quarta-feira (8) com o objetivo de conscientizar e alertar a população sobre as alergias mais comuns, incluindo as alimentares.

De modo geral, a alergia alimentar é uma reação incomum e exagerada do sistema imunológico, em forma de defesa, que ocorre após a ingestão de um determinado alimento, e causa intolerância contra a própria proteína alimentar. Alimentos como leite de vaca, ovo, soja, amendoim, peixe e frutos do mar podem provocar reações.

“Os sintomas mais comuns aparecem na pele, como urticária, angioderma e dermatite atópica. Porém, podem aparecer problemas gastrintestinais como diarreia, vômitos e dores abdominais, e, em situações mais graves, as reações anafiláticas, como aperto no peito com queda de pressão arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular (choque anafilático)”, explica a alergista Ariana Yang, do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP.

Embora os adultos possam sofrer com processos alérgicos originados pela ingestão de variados alimentos, tal manifestação é mais corriqueira no período da infância. “Elas são mais comuns em crianças, entre 0 e 3 anos, período em que o sistema imunológico não está completamente amadurecido. É por este motivo que, com o passar dos anos, a maioria das alergias em crianças melhoram”, comenta.

Ainda de acordo com a profissional, os cuidados dependem de cada tipo de alergia e o tratamento é dividido em partes. “Recomendamos acompanhamento nutricional, especialmente para crianças, pois os alimentos mais frequentemente envolvidos nas alergias são a base da alimentação infantil. Além disso, é importante orientar um tratamento preventivo para cada tipo de reação e monitorar a evolução e desenvolvimento de tolerância das alergias”, finaliza.

Uma dica importante é ficar sempre ligado no rótulo dos alimentos consumidos.

“Os pais com crianças alérgicas a alimentos ou doença celíaca devem fazer a leitura cuidadosa dos rótulos para evitar contaminação cruzada (quando o produto contém pequenas quantidades do item causador de alergia por contaminação acidental no processo de produção). É recomendável optar por produtos especialmente formulados para as restrições como, por exemplo, os sem glúten, à base de soja, entre outras composições”, avalia a nutricionista Lenycia Neri, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.